FAMOSIDADES

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Por NINA RAMOS

RIO DE JANEIRO - Até o fechamento desta entrevista,

o número de seguidores

que constava no perfil de William Bonner no microblog

Twitter era 908.173 mil.

Sem sombra de dúvidas, até a publicação desta

matéria no Famosidades,

nesta quinta-feira (9), a marca já estará bem mais alta.

O jornalista que invade

a casa de milhões de brasileiros todas as noites com o

“Jornal Nacional” se

rendeu à novidade da web e virou, da noite para o dia,

o “tio” da galera.

Sem saber muito como as coisas iriam acontecer, Bonner

abriu uma conta no microblog e começou despretensioso.

Aliás, ele segue assim até então. O grande barato é que via

web os milhões de brasileiros que o assistem na tela da Globo

conheceram uma nova face do apresentador e editor-chefe do

telejornal mais importante do país. Instigados por essa nova

mania de Bonner, o Famosidades

encarou o desafio e quis saber do próprio se ele o considera

um “viciado” na ferramenta.

“Sim. É inegável”, resumiu Bonner, em entrevista exclusiva

. “É divertido ver a reação da ‘tropa’ a meus comentários prosaicos.

Não levo trabalho para o microblog. Procuro somente me divertir.

Digo, lá, à uma da madrugada: ‘Putz! Achei uma torta de limão

na geladeira! - e fico espiando as mensagens que recebo de volta.

Bobagem pura, de ambas as partes”, contou.

Vale lembrar: para quem não sabe, o “vício” rendeu a Bonner o

prêmio Shorty Awards, que homenageia os melhores produtores

de conteúdo em tempo real no Twitter. Ele empatou com Rachel Maddow,

da MSNBC, na categoria Jornalista. “Se eu usar o microblog como um local

de diversão, como faço, de maneira respeitosa, como procuro fazer,

não vejo em quê possa ser prejudicial [ao trabalho]. Ao contrário,

a exposição de meu lado mais brincalhão serviu para me aproximar

do público. Para ele [público], sou o ‘tio’ do Twitter. Na verdade,

eu mesmo já me trato assim”, revelou.

Nascido em Ribeirão Preto em 16 de novembro de 1963,
William Bonemer Júnior conta com mais de 20 anos de carreira
e hoje é um dos jornalistas de maior prestígio no Brasil. “É inevitável
que minha posição no ‘JN’ leve muitos jovens a se mirarem em mim.
Este fato - e o meu esforço de educar três cidadãos brasileiros de bem
[os trigêmeos Laura, Beatriz e Vinicius] - são mais do que suficientes
para exigir de mim um comportamento digno na profissão e na vida privada”, pontuou.

Nas próximas páginas você confere na íntegra o papo com Bonner.
Ele falou ainda sobre o dia a dia do Jornalismo, perfeccionismo e
contou o que Fátima Bernardes acha sobre seu perfil no Twitter.
Para finalizar, Bonner encarou quatro perguntas fora do comum.
Você acha que ele prefere Madonna ou Beyoncé? É só clicar e tirar a prova:

Divulgação/TV Globo

Divulgação/TV Globo


FAMOSIDADES - O ano de 2010 está sendo bem agitado para
o Jornalismo. A Copa do Mundo passou há pouco, as Eleições
estão por vir e ainda temos as “bombas” que diariamente explodem
por aí. Você tem algum tipo de preparação especial para aguentar
essa maratona de trabalho?
WILLIAM BONNER - Em telejornalismo, planeja-se tudo o que pode
ser planejado para que as surpresas se restrinjam ao noticiário factual,
imprevisível. Então, a gente planeja a cobertura de Copa e de Eleições,
que são dois eventos com datas marcadas. É a única forma de cumprir
nosso compromisso com os telespectadores, de levar o que de mais
importante se deu naquele dia - com isenção, pluralidade, correção e clareza.


Você é âncora e editor-chefe do “Jornal Nacional”. Querendo
ou não, muito jovens que estão iniciando na profissão
te enxergam como modelo, alvo. Como você se vê nesta posição?
É inevitável que minha posição no "JN" leve muitos jovens a se
mirarem em mim. Este fato - e o meu esforço de educar três cidadãos
brasileiros de bem - são mais do que suficientes para exigir de mim
um comportamento digno na profissão e na vida privada.

Você é perfeccionista? Pode me dar um exemplo que mostre isso?
O cargo que ocupo na TV Globo me obriga a ser perfeccionista.
E, por isso mesmo, a viver insatisfeito com minhas imperfeições.

Pode ser impressão minha, mas de uns tempos para cá
parece que sua relação com Fátima Bernardes na bancada mudou.
Isso reflete, claro, na relação de vocês com o telespectador.
A linguagem de apresentação das notícias não perdeu em
profissionalismo, mas ficou mais descontraída, digamos assim.
Um exemplo foi o contato entre vocês na Copa do Mundo,
quando os cachecóis de Fátima entraram em pauta.
O que te fez mudar?
Não é somente uma impressão sua. Modificamos gradualmente o
estilo de apresentação do "JN" ao longo do ano passado. O espírito
norteador dessa mudança foi o desejo de nos aproximarmos ainda
mais do público. Podemos manter a seriedade do nosso trabalho
sem que sejamos necessariamente sisudos.

Você acha que o telespectador se identifica mais
com essa linguagem “light”? Por quê?
Quanto mais naturalmente agimos, mais naturalmente as
pessoas se identificam conosco. Somos pessoas normais e
contamos os acontecimentos do dia. Gente comum, portanto.

Algum dos seus filhos pensa em fazer faculdade
de Jornalismo? O que você acha da ideia?
Nenhum manifestou esse desejo até agora. E é mesmo
cedo pra isso. São ainda crianças.

Divulgação/TV Globo

Divulgação/TV Globo













O Twitter mostrou outra faceta sua, a do cara
descontraído e que adora uma novidade tecnológica.
Você se considera um “viciado” na ferramenta?

Sim. É inegável.

Na sua opinião, em quais aspectos o Twitter
pode te prejudicar e te ajudar como jornalista
do principal telejornal do país?
Se eu usar o microblog como um local de diversão, como faço,
de maneira respeitosa, como procuro fazer, não vejo em quê
possa ser prejudicial. Ao contrário, a exposição de meu lado mais
brincalhão serviu para me aproximar do público. Para ele, sou o "tio"
do Twitter. Na verdade, eu mesmo já me trato assim. É engraçado.
‘Zé, ajuda aqui o tio a resolver esse problema!’ [risos]

Conversar virtualmente com seus “sobrinhos”
virou um tipo de terapia para você? Por quê?
É divertido ver a reação da "tropa" a meus comentários prosaicos.
Não levo trabalho para o microblog. Procuro somente me divertir.
Digo, lá, à uma da madrugada: "putz! Achei uma torta de limão na geladeira!" -
e fico espiando as mensagens que recebo de volta. Bobagem pura,
de ambas as partes. Mas só me segue quem quer. Quem espera outra
coisa de mim se decepciona e dá unfollow.

Você conta com mais de 908 mil seguidores, mas não
segue ninguém. Por quê?
Porque acumulei 800 DMs [Direct Message, ou seja, mensagens
particulares] quando seguia 140 pessoas - e muitas me cobravam respostas.
Resultado: a diversão tinha virado obrigação social. Ora, não tenho
tempo nem saúde (sou um tio de esqueleto cansado, lembra?) para me
impor mais essa cobrança. Dei uma parada, deixei de seguir todo mundo,
e agora só respondo quando tenho vontade. Voltei a me divertir com meus
"sobrinhos" sem deixar que isso virasse um compromisso social indesejado.

O que Fátima acha dessa sua nova “mania”?
Ela não pensa em entrar para a “twitolândia” também?
Ela nem pensa em ter Twitter. Mas acha o meu divertido.
Pelo menos é o que ela diz! [risos]

Para finalizar, quatro perguntinhas de bate-pronto
e fora do comum: o que não pode faltar na sua geladeira?

Sucos.

Televisão ou computador?

Os dois.

Madonna ou Beyoncé?

As duas.

Rio de Janeiro ou São Paulo?

Ambas.


Fonte: http://entretenimento.br.msn.com/famosos/entrevistas-artigo.aspx?cp-documentid=25507363&page=0